Jesus e as crianças

As crianças eram levadas até Jesus para que fossem abençoadas por Ele, mas, os discípulos as afastavam.

Então Jesus, vendo o que estava acontecendo, indignou-se e disse-lhes:

“DEIXAI VIR A MIM AS CRIANCINHAS, E NÃO AS IMPEÇAIS, PORQUE DELAS É O REINO DE DEUS.

EM VERDADE, EU VOS DIGO QUE, QUALQUER UM, QUE NÃO RECEBER O REINO DE DEUS COMO CRIANÇA, DE MANEIRA NENHUMA ENTRARÁ NELE”.

E, tomando-as nos seus braços, Jesus as abençoou, pondo as mãos sobre elas.

(Marcos 10:13 a 16)

sábado, 26 de março de 2011

Quaresma é oportunidade

Iniciamos nosso encontro com nossas orações.
Relembramos o nosso encontro anterior e elencamos os diversos templos religiosos que têm no bairro e as diferentes formas de praticar a religião ou religação com Deus-Olorum.


O Igor e o Grabriel estavam curiosos e interessados em saber o que era um trabalho fechado ou trabalho dos Exús. Antes, estavam querendo saber como eram os Exús da nossa tronqueira (assentamentos principal dos Exús). O gabriel foi logo citando os nomes: Exú Sete Brasas, Exú Morcego e Exú Veludo.

Expliquei que não era permitido entrar na tronqueira, mas que, em outro momento, mostraria à eles algumas imagens impressas de alguns Exús.

Expliquei que os Exús são como policiais, com aparência, muitas vezes assustadora, para impor respeito e medo aos espíritos que não respeitam a Lei Divina.
Em algumas situações, como a do trabalho fechado do dia anterior, agiam como lixeiros, limpando e levando para lugares adequados toda a energia negativa e pesada, acumulada nos médiuns e no terreiro, em virtude do atendimento às pessoas que frequentam as giras, bem como, aos espíritos que são atendidos na dimensão espiritual.

Lembrei-lhes sobre a situação ocorrida no trabalho anterior, quando o Igor tomou o passe com a entidade e, em seguida, saiu do terreiro e passou a atirar pedras em um bêbado que estava na calçada. Expliquei que ao entrar no terreiro, todos nós somos limpos das energias negativas que acumulamos no nosso dia-a-dia, através dos pensamentos, sentimentos e atitudes, principalmente de desrespeito ao próximo. Entretanto, essa limpeza precisa ser constante, porque as pessoas não modificam suas atitudes, prevenindo assim o acúmulo de energias ruins.

Foi oportuna a situação para diferenciar os Exús dos quiumbas (espíritos que tentam se passar por Exús, mas que na verdade são enganadores e pertubadores)
O Igor ficou pensativo e, visivelmente, constrangido por sua atitude com o bêbado. Ressaltei que o mais importante era aprender.

Falamos das mudanças ocorridas no terreiro desde que começou a quaresma. Expliquei que a quaresma é um período de reflexão e de oportunidade para mudarmos  e nos tornarmos pessoas melhores.
Neste período, as entidades da direita se afastam para que a esquerda tenha a oportunidade para trabalhar intensamente em prol da evolução. São muitos os espíritos que, presos em faixas vibracionais à esquerda, rogam por uma oportunidade de mudança. Nestes casos, são os Exús os mais preparados para esse tipo de socorro.

As oportunidades são para os que fazem por merecê-la.
Entretanto, semelhante a um grande grupo de presidiários que ganham o indulto (voto de confiança) para sairem da prisão em datas especiais (natal, dia das mães, etc), alguns fazem bom uso dessa oportunidade, enquanto outros repetem os mesmos erros e desperdiçam a chance que receberam.

Em virtude da vibração desse período, no nosso terreiro, trabalhamos  com a Linha de Abaluaê e Nanã (linha da evolução). Na vibração de abaluaê estão os espíritos em transição (passagem) da esquerda para a direita. Daí o motivo da roupa dos médiuns, neste periodo, ser preta e vermelha, cores estas mais apropriadas para o trabalho realizado pelas entidades.

Colocamos a lixeira no meio do círculo e cada um jogou dentro, simbolicamente, uma atitude negativa que gostaria de transformar em positiva, neste período de quaresma.
Combinamos que no próximo encontro falaremos  sobre a Páscoa, enquanto evento que representa a vitória para aqueles que buscaram e se empenharam em sua transformação pessoal.
Contei sobre a lagarta e a borboleta, símbolo da transmutação, que é o sentido que Abaluaê representa e que está presente do começo ao final de nossas vidas, como por exemplo naqueles, como a Estela e o Igor, que estão na puberdade que é a passagem da infância para a adolescência.

Antes de encerrarmos, todos fizeram pinturas com guache  expressando o que estavam sentindo.