Jesus e as crianças

As crianças eram levadas até Jesus para que fossem abençoadas por Ele, mas, os discípulos as afastavam.

Então Jesus, vendo o que estava acontecendo, indignou-se e disse-lhes:

“DEIXAI VIR A MIM AS CRIANCINHAS, E NÃO AS IMPEÇAIS, PORQUE DELAS É O REINO DE DEUS.

EM VERDADE, EU VOS DIGO QUE, QUALQUER UM, QUE NÃO RECEBER O REINO DE DEUS COMO CRIANÇA, DE MANEIRA NENHUMA ENTRARÁ NELE”.

E, tomando-as nos seus braços, Jesus as abençoou, pondo as mãos sobre elas.

(Marcos 10:13 a 16)

sábado, 28 de agosto de 2010

As velas




Iniciamos nosso encontro com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria. Demo-nos as mãos, todos os presentes, e rezamos. Uma criança puxou o Pai-Nosso e outra a Ave-Maria. Após a oração, as crianças se concentraram mais e, assim, iniciamos o assunto escolhido para o dia.








Usamos as velas para falar dos Orixás e das Entidades ou Guias Espirituais.
Cada um escolheu uma vela, inclusive os adultos presentes






Discutimos sobre a finalidade das velas até chegarmos no uso religioso e ritualiístico.








Falei sobre a facilidade de concentração, diante de uma vela, assim como a fixação e o direcionamento das nossas intenções.











Cada um falou sobre a cor da vela escolhida e se era de Orixá ou Guia Espiritual, momento este em que aproveitei para explicar que os Orixás são essencias Divinas a partir de Deus-Olorum e que os Guias são Espíritos de Luz que, sob a vibração e ordem dos Orixás, baixam nos Terreiros para nos ajudar.





Quando falamos de abaluaê, um menino contou que sabia que ele tinha sido rejeitado por Nanã e, por isso, havia sido criado por Iemanjá, ressaltando que sua mãe tinha lhe contado esta estória. Foi uma ótima ocasião para falar que por ter o poder sobre as doenças, abaluaê conhece a cura de todas elas. Contei a lenda em que Iansã sopra as palhas que cobriam o seu corpo, fazendo surgir um jovem de luz irradiante como o sol e de beleza incomparável.




Falamos também do ponto de força, na natureza, de cada Orixá: Iemanjá, o mar; Oxum, os rios e cachoeira; Oxossi, as matas; Ogum, as praias e encruzilhadas; Nanã Buruque, as águas paradas e profundas dos lagos e lagoas; abaluaê, a terra; Xangô, as pedreiras e os trovões; Iansã, os ventos, raios e tempestades; e Oxalá, o espaço aberto, onde se encontra a força dos demais Orixás.





Foram dispostas na mesa todas as velas para que visualizassem a hierarquia: Oxalá, Orixás, Guias Espirituais e nós.
Aproveitei para lembrá-los da semelhança com a disposição do Congá.
Pintaram o cartão em forma de vela acessa, para levarem para casa, com a mensagem: "As crianças são a Luz do mundo".
Depois fizeram os desenhos das velas, que ficaram expostos na parede do Terreiro.







 Ao final, comemos um delicioso bolo com guaraná, que a Tatiana e o Junior doaram. Essa linguagem as crianças compreendem bem. Foi um momento muito gostoso, em que reforçamos nosso carinho.










Nosso próximo encontro ficou para o dia 18/09/10 das 10:00 às 12:00hs.
Quero agradecer ao  Junior e a Mônica pelo carinho e pela ajuda. Nada é realmente por acaso.

Um abraço à todos!!!!!!!!!!

Sandia e Regina

domingo, 1 de agosto de 2010

Apresentação do "Terreiro"


As crianças foram apresentadas ao "Terreiro".
Aprenderam a cruzar o chão, ao entrar no espaço religioso, e a compreender o significado dos três cruzamentos: Por Olorum, por Oxalá e por Ifá . Uma mãe disse, em tom de confissão, que sempre sentiu vontade de saber o que significava o cruzamento do chão.

As crianças olharam as imagens do congá com encantamento e atenção.
 Foi explicado o nome de cada imagem e a diferença entre Guia Espiritual e Orixá.
Elas gostaram da relação dos Orixás com a natureza, através dos seus pontos de força. Todas as crianças conhecem Iemanjá e São Jorge. Pra elas, São Jorge é o que defende do mal, pela associação que fazem da sua luta com o dragão.




Das entidades, a mais admirada e que desperta curiosidade em quase todos, é o Seu Zé, para a minha surpresa. Uma menina o desenhou e fez perguntas sobre ele, sobre sua Linha de trabalho e o uso da bebida. Ela  quis se certificar se os encontros aconteceriam outras vezes, tamanha é sua vontade de aprender. Respondi que, até o final do ano, seriam mensalmente, mas que sempre estou a disposição nos trabalhos para ajudar em qualquer dúvida.





Um menino se identificou com o marinheiro e o desenhou. O mais novinho, de quatro anos, tem um interesse que supera o de muitos médiuns que eu conheço. Ele queria bater cabeça, perguntou sobre velas e desenhou duas vezes o fogo. Mostrei à ele a imagem de Santa Sara, a Santa dos Ciganos, sincretizada com Egunitá, o Fogo Purificador.






Um menino desenhou uma cruz porque gostou de saber que nela Deus junta tudo, a direita e a esquerda; o alto e o embaixo, conforme eu tinha explicado.









A maioria fez desenhos azuis, representando Iemanjá. Uma menina desenhou os cinco atabaques, já que tem  interesse pelos mesmos.




Uma menininha, de apenas quatro anos, por um momento me intrigou ao olhar fixamente em meus olhos. Parecia que estava vendo além do que estava visível a todos. Eu falava com ela, mas ela não respondia, apenas me olhava.
No final, ela pegou em minha mão e disse: " tia me mostra de novo o do trovão".  Mostrei novamente a imagem de Xangô e ela me perguntou sobre  "aquela da espada". Mostrei-lhe a imagem de Iansã. Ela olhou pra imagem por alguns segundos, olhou pra mim e voltou para o grupo. Fiquei encantada com o seu olhar, que permaneceu dentro de mim.

Levaram para casa o texto "Assim Nasceu a Umbanda" para lerem com seus responsáveis. É uma forma de compartilhar com a família o universo umbandista, o qual estão entrando em contato.

Escolhi como mensagem para a família das crianças os versículos bíblicos de Marcos sobre "Jesus e as Crianças" porque me lembrei de quando a Ana, minha filha, tinha uns três anos e começou a mexer nas flores e a passar a mão no banquinho do Pai Thomás. Eu ia reprendê-la, mas a Vô Malvina não deixou. Ela disse que a Ana tinha a permissão de Oxalá, portanto, poderia tocar e se aproximar o quanto ela quisesse.

Venham a mim as criancinhas, disse Jesus.


Bendito e abençoado é o lugar que tem crianças!



A mão como símbolo da família

A tarefa era desenhar no cartão, com a mensagem de "Jesus e as crianças", um desenho sobre a família de cada um para ser levado para casa.

O menino me mostrou o cartão e me disse que ia desenhar uma mão. Respondi-lhe que tudo bem, já que poderia desenhar o que quisesse.
Quando terminou o desenho, o menino e sua mãe, que também estava presente, me explicaram que a mão é o símbolo da família pra eles. Eles me disseram que na família todos são diferentes, como os dedos das mãos, e cada um tem sua importância e contribuição para a mão-família ser completa.

Achei simplesmente lindo e emocinante essa declaração de amor à família. 

É a coexistência, na diferença e na diversidade, que dá forma e finalidade a família-mão.